Eu não estava à espera da noite

A autoestrada estava imperceptível as estrelas dos faróis scintilavamdependendo da ddisposiçãodos condutores.

Sentia-se à distância o ódio contido na espuma branca que naquela noite estava púrpura, o mar não estava sereno, o mar estava revoltado com a raça humana.

Os humanos pegaram na terra e atiram-na com tinta, formando formas geométricas semilares ás indústrias, edifícios e hospitais.

Nós destruimos a tela e voltamos a recriar-la.

Limpámos os pinceis fingimos que não fizemos nada.

Destruimos as palavras, os sentimentos, as emoções, e metemos a culpa noutra gente.

Fizemos a arte, e com as mãos pinceladas de ódio e destruição, transpomos a culpa para o sol, as estrelas, os planetas, que desde o começo que nos observam e nos estudam a fim. E quando tentamos explicar esse facto, não dá para explicar, é arte.

                                                                                                                                     Beatriz Granja

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